O ENSINO DE FILOSOFIA NAS SOCIEDADES DE CONTROLE COMO (ensino de) PRÁTICA DE RESISTÊNCIA

Resumo

O poder de controle da sociedade contemporânea atingiu tal sutileza que o torna quase imperceptível, contando com a conivência desavisada de quase todos. O controle sobre as subjetividades entrou nos corpos e passou a ser objeto de desejo de consumo, já faz parte daquilo que é reconhecido como existência. O controle assim, fluido, imiscuído nas relações dos homens com eles mesmos, com os outros, com a verdade, com o tempo e o espaço através da nanotecnologia e da microeletrônica vem a confirmar os mundos já prontos oferecidos pelo capitalismo financeiro ao qual estamos submetidos. Este estudo teórico intenta analisar as possibilidades de um ensino de filosofia que possa se configurar como movimento de resistência a essa situação operando como prática de criação de diferenças. Pensamos em um ensino de filosofia que possa funcionar como vetor de criação de sub-versões. Tal ação do ensino de filosofia nos parece possível se pensarmos que a filosofia, ao constituir-se em um saber que opera a síntese conceitual da cultura, dando-lhe sentido, tem um cunho de formação na educação dos jovens. A inspiração em Nietzsche e o aporte teórico de Foucault e Deleuze serão o referencial da pesquisa.