Uso da tecnologia de ozônio na descontaminação de micotoxinas em grãos e derivados

Resumo

As principais micotoxinas que ocorrem em alimentos destinados à alimentação humana ou animal são produzidas pelos fungos dos gêneros Aspergillus, Penicillium e Fusarium. Essas substâncias podem causar diversos danos à saúde humana e animal além de perdas econômicas para o agronegócio, pois podem estar presentes em diversas fases da produção dos produtos agrícolas afetando, dessa maneira, produtores, cerealistas e processadores. A prevenção da contaminação é a principal maneira de se minimizar parte dos riscos associados às micotoxinas. No entanto, há situações que a presença de alguma micotoxina é inevitável devido às condições climáticas e ambientais, mesmo adotando-se as boas práticas de produção nas diversas etapas envolvidas. Por esse motivo, destaca-se a importância do estudo de alternativas para se reduzir a contaminação com micotoxinas em produtos agrícolas e seus produtos. A tecnologia de ozônio tem-se apresentado como alternativa para descontaminação de micotoxinas com vantagem diante de outras tecnologias já estudadas, tendo em vista que não gera resíduos tóxicos e é classificada como uma tecnologia verde. Os estudos sobre descontaminação de micotoxinas com a tecnologia de ozônio, embora promissores, concentram-se principalmente nas aflatoxinas. A zearalenona (ZEA) e o desoxinivalenol (DON) são micotoxinas produzidas pelo gênero Fusarium e têm sido encontradas com relativa frequência em produtos agrícolas em diversos estudos nacionais e internacionais. No entanto, um menor número de estudos com descontaminação de grãos, seus derivados e coprodutos naturalmente contaminados com essas micotoxinas têm sido observados. Desse modo, este projeto de pesquisa tem com objetivo estudar a cinética de destruição de ZEA e DON em grãos e seus derivados utilizando a tecnologia de ozônio. (AU)