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(Referência obtida automaticamente do Web of Science, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Impacto de alimentos ultraprocessados sobre o teor de micronutrientes da dieta no Brasil

Texto completo
Autor(es):
da Costa Louzada, Maria Laura [1, 2] ; Bortoletto Martins, Ana Paula [1] ; Canella, Daniela Silva [3, 1] ; Baraldi, Larissa Galastri [1, 2] ; Levy, Renata Bertazzi [4, 1] ; Claro, Rafael Moreira [5, 1] ; Moubarac, Jean-Claude [1] ; Cannon, Geoffrey [1] ; Monteiro, Carlos Augusto [1, 6]
Número total de Autores: 9
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Univ Sao Paulo, Nucleo Pesquisas Epidemiol Nutr & Saude, Sao Paulo, SP - Brazil
[2] Univ Sao Paulo, Programa Posgrad Nutr Saude Publ, Fac Saude Publ, Sao Paulo, SP - Brazil
[3] Univ Estado Rio de Janeiro, Inst Nutr, Dept Nutr Aplicada, BR-20550011 Rio De Janeiro, RJ - Brazil
[4] Univ Sao Paulo, Fac Med, Dept Prevent Med, Sao Paulo, SP - Brazil
[5] Univ Fed Minas Gerais, Dept Nutr, Belo Horizonte, MG - Brazil
[6] Univ Sao Paulo, Fac Saude Publ, Dept Nutr, Sao Paulo, SP - Brazil
Número total de Afiliações: 6
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista de Saúde Pública; v. 49, 2015.
Citações Web of Science: 42
Resumo

OBJETIVO Avaliar o impacto da ingestão de alimentos ultraprocessados sobre o teor de micronutrientes na alimentação da população brasileira.MÉTODOS Estudo transversal realizado com dados do módulo sobre consumo alimentar individual da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, aplicado a uma amostra representativa da população brasileira com dez ou mais anos de idade (n = 32.898). Informações sobre o consumo alimentar foram obtidas por dois registros diários da alimentação. Análises de regressão linear foram empregadas para descrever a direção e o significado estatístico da associação entre quintos do consumo relativo de alimentos ultraprocessados e o teor de micronutrientes na dieta, sem e com ajuste para renda familiar.RESULTADOS O consumo médio diário per capita de energia foi de 1.866 kcal, sendo 69,5% proveniente de alimentos in natura ou minimamente processados (incluídas as preparações culinárias feitas com base nesses alimentos), 9,0% de alimentos processados e 21,5% de alimentos ultraprocessados. Para 16 dos 17 micronutrientes estudados, o teor médio encontrado na fração do consumo alimentar relativa aos alimentos ultraprocessados foi inferior ao da fração relativa aos alimentos in natura ou minimamente processados. O teor de 10 micronutrientes presentes nos alimentos ultraprocessados não chegou à metade do observado nos alimentos in natura ou minimamente processados. O aumento da participação dos alimentos ultraprocessados na dieta mostrou-se inversa e significativamente associado ao teor de vitaminas B12, D, E, niacina e piridoxina e de cobre, ferro, fósforo, magnésio, selênio e zinco. Situação oposta foi observada apenas para cálcio, tiamina e riboflavina.CONCLUSÕES Os achados deste estudo mostram que a redução no consumo de alimentos ultraprocessados é um caminho natural para a promoção da alimentação saudável no Brasil e, portanto, apoiam a recomendação do Guia Alimentar para a População Brasileira quanto a se evitar o consumo desses alimentos. (AU)

Processo FAPESP: 12/18027-0 - Consumo de produtos alimentícios ultraprocessados no Brasil e sua influência sobre a qualidade da dieta e o estado nutricional da população
Beneficiário:Maria Laura da Costa Louzada
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado