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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Violência não sexual contra crianças e adolescentes: um estudo em um hospital universitário e terciário da América Latina

Texto completo
Autor(es):
Reinan Tavares Campos [1] ; Lorena Vasconcelos Mesquita Martiniano [2] ; Amanda Kerlyn Santos Lirio [3] ; Kalesa Elias de Araujo Souza [4] ; Natalia Rose [5] ; Juliana Martins Monteiro Dias [6] ; Antônio Carlos Alves Cardoso [7] ; Sylvia Costa Farhat [8] ; Clovis Artur Silva [9]
Número total de Autores: 9
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo - Brasil
[2] Universidade de São Paulo - Brasil
[3] Universidade de São Paulo - Brasil
[4] Universidade de São Paulo - Brasil
[5] Universidade de São Paulo - Brasil
[6] Universidade de São Paulo - Brasil
[7] Universidade de São Paulo - Brasil
[8] Universidade de São Paulo - Brasil
[9] Universidade de São Paulo - Brasil
Número total de Afiliações: 9
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista Paulista de Pediatria; v. 40, 2022-05-02.
Resumo

Objetivo: Avaliar violência interpessoal não sexual contra crianças e adolescentes em um hospital universitário terciário. Métodos: Foi realizado um estudo transversal com 240 pacientes em situação de violência não sexual por 15 anos. A análise incluiu: dados demográficos, local de referência do hospital, tipo e autor da violência, encaminhamento legal, exames laboratoriais e de imagem, e desfechos graves. Resultados: Situações de violência não sexual foram diagnosticadas em 240 de 295.993 (0,1%) pacientes durante os 15 anos do período: 148/240 (61,7%) em crianças e 92/240 (38,3%) em adolescentes. Os tipos de violências mais frequentes foram negligência em 156/240 (65,0%), violência física 62/240 (25,8%), agressão psicológica/emocional 52/240 (21,7%), síndrome de Münchausen por procuração 4/240 (1,7%) e bullying/cyberbullying em 3/240 (1,3%). As condições crônicas pediátricas mais frequentes foram: doença renal crônica 24/123 (19,5%), vírus da imunodeficiência humana 14/123 (11,4%), prematuridade 9/123 (7,3%), paralisia cerebral 8/123 (6,5%) e asma 8/123 (6,5%). Comparações entre crianças e adolescentes em situação de violência não sexual revelaram que houve diferença significativa entre os locais de referência do hospital. A frequência de pacientes sob violência encaminhados de ambulatórios foi significantemente reduzida em crianças versus adolescentes (27,7 vs. 62%), enquanto encaminhamentos de pronto-socorro foram mais numerosos no primeiro grupo (57,4 vs. 25%, p<0,001). Os tipos de violências e condições pediátricas crônicas foram semelhantes nos dois grupos(p>0,05). Conclusões: Violência não sexual na nossa população pediátrica foi raramente diagnosticada em um hospital terciário, principalmente negligência, agressão física e psicológica/emocional. Aproximadamente dois terços dos diagnósticos de violência ocorreram em crianças, preferencialmente encaminhadas pelo departamento de emergência. Em contrapartida, cerca de um terço dos diagnósticos de violência ocorreu em adolescentes, encaminhados principalmente pelos ambulatórios. (AU)

Processo FAPESP: 15/03756-4 - Avaliação da relevância dos níveis sanguíneos de drogas utilizadas em doenças autoimunes reumatológicas no acompanhamento da segurança, eficácia e aderência à terapêutica
Beneficiário:Eloisa Silva Dutra de Oliveira Bonfá
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Temático