A humanidade e seu(s) gênero(s): mito, parentesco e diferença no noroeste amazônico

Autor(es)

Geraldo Andrello ^[1] ; João Vianna ^[2]

Afiliação do(s) autor(es)

^[1] Universidade Federal de São Carlos - Brasil

^[2] Universidade Federal do Espírito Santo - Brasil

• Tipo de documento: Artigo Científico
• Fonte: Rev. Antropol.; v. 65, n. 1 2022-07-06.

Resumo

RESUMO Este artigo pretende articular duas investigações etnográficas, entre os Tukano e Baniwa, que abordam a relação entre parentesco e mito. Pretende-se compreender a produção das diferenças sociocosmológicas no Noroeste Amazônico recorrendo-se às narrativas míticas da origem da humanidade. A análise seguirá os acontecimentos que se desdobram a partir de Jurupari, uma criança extraordinária e artefato cerimonial possuidor de capacidades reprodutivas; da cobra-canoa, um animal-objeto-útero que gesta a humanidade; dos nascimentos nas cachoeiras de Hipana e Ipanoré; do adultério com uma cobra-homem branco; e da guerra entre homens e mulheres. Todos estes eventos, personagens e relações, articulam de modo complexo transespecificidade e relações de sexo cruzado. Esperamos ao final evidenciar esses dois distintos modos pelos quais a humanidade atual é estabilizada a partir de um fundo virtual de alteridade, notando as importantes transformações tukano e baniwa no Alto Rio Negro. (AU)

• Processo FAPESP: 16/05996-5 - Nominações: pessoas, objetos, hierarquia e parentesco no Alto Rio Negro (AM)
• Beneficiário: Geraldo Luciano Andrello
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular