Obtenção de flavonóides de plantas brasileiras via tecnologia supercrítica utilizando co-solventes: aumento de escala e avaliação econômica

Resumo

O grande interesse na utilização da tecnologia de extração supercrítica pelas indústrias químicas, de alimentos, farmacêuticas e de cosméticos é priorizar a obtenção de extratos de produtos naturais com elevada qualidade. Tais produtos são amplamente estudados por oferecerem benefícios à saúde pela presença de compostos antioxidantes como os flavonóides, importantes devido as suas propriedades farmacológicas, antiinflamatória, antimicrobiana e na cura de câncer. O uso do dióxido de carbono como solvente na extração supercrítica vem crescendo durante as duas últimas décadas por ser atóxico, ter alta pureza, baixo custo e de ser facilmente removido do extrato, ao contrário dos processos convencionais de extração. A extração supercrítica destaca-se por ser uma tecnologia flexível devido a possibilidades de se operar continuamente com solvente supercrítico. Porém não existe nenhuma unidade industrial operando com tal tecnologia no nosso país e como principal razão temos o alto custo de investimento associado às altas pressões de operação, e, adicionalmente, são escassos os estudos sobre o aumento de escala para esse processo. Portanto pesquisas são fundamentais para obter dados e conseqüentemente possibilitar uma avaliação técnica e econômica da planta industrial supercrítica a nível nacional. Este trabalho visa o estudo do processo de extração supercrítica para folhas de plantas brasileiras ricas em flavonóides utilizando CO2 + H2O e CO2 + etanol como solvente, identificação dos principais compostos (ou famílias de compostos) por cromatografia em camada delgada, análise dos extratos quanto à atividade antioxidante, fenóis totais e flavonóides totais; quantificação do(s) principal(ais) flavonóides por cromatografia liquida de alta eficiência. Determinação dos custos de manufatura e a otimização do processo utilizando o simulador de processos SuperPro Design®.