Efeito do tratamento com niacina sobre o metabolismo do HDL e a função endotelial ...
- Auxílios pontuais (curta duração)
Processo: | 12/18044-1 |
Linha de fomento: | Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado |
Vigência (Início): | 01 de dezembro de 2012 |
Vigência (Término): | 30 de novembro de 2014 |
Área do conhecimento: | Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica |
Pesquisador responsável: | Andrei Carvalho Sposito |
Beneficiário: | Valéria Nasser Figueiredo |
Instituição-sede: | Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil |
Assunto(s): | Niacina HDL-Colesterol Cardiologia |
Resumo Nas últimas 4 décadas, o efeito do tratamento com ácido nicotínico (niacina, vitamina B3) na aterogênese e incidência de eventos cardiovasculares vem sendo estudado com alguns resultados contraditórios, sugerindo que diferentes formas terapêuticas ou fenótipos clínicos podem influenciar a eficácia desse tratamento. O presente estudo foi baseado nessa divergência de resultados e foi delineado com base em duas hipóteses. A primeira hipótese está focada no efeito da niacina de promover vasodilatação associada a rubor e calor facial, causando suspensão do tratamento em mais de 50% dos pacientes. Esse efeito decorre do aumento da síntese de prostaglandina D2 (PGD2) que, em grandes quantidades, pode mesmo provocar vasodilatação intensa generalizada com hipotensão arterial. Nesse contexto, o laropipranto, antagonista competitivo da PGD2, foi desenvolvido para, em associação com a niacina, prevenir esse efeito colateral aumentando a aderência ao tratamento. No entanto, é plausível que a ação vasodilatadora da Niacina sobre a circulação sistêmica possa ser diminuída pela associação com laropipranto. Até o presente, no entanto, não há informação nas bases de dados LILACS e MEDLINE de investigações sobre uma potencial interferência do Laropipranto sobre a função vasodilatadora da Niacina. Para avaliar esta primeira hipótese, delineamos um estudo em curto prazo (Fase 1) no qual comparamos a pressão arterial sistêmica e a reatividade da artéria braquial de pacientes em uso de Niacina associada ao Laropipranto e Niacina pura. Nossa segunda hipótese está focada na intereção entre o fenótipo lipídico e os efeitos cardiovasculares da niacina. Vários são os mecanismos pelos quais o tratamento com niacina pode interagir com o metabolismo lipídico e atenuar aterogenese. Isto inclui seu efeito sobre a síntese hepática e o catabolismo de apolipoproteína (apo) A-I, principal apo da HDL. No entanto, estima-se que o efeito sobre a concentração da HDL resulte majoritariamente da redução da disponibilidade de lipoproteínas ricas em triglicérides (TG) que atuam como substrato para troca por colesterol éster advindo da HDL via ação da "cholesteryl ester transfer protein" (CETP). Assim, admitindo que, pela via da CETP, o aumento da HDL dependa de um mecanismo relacionado à modificação fenotípica da HDL, é plausível esperar que não só o volume mas igualmente a função da HDL modifique distintamente entre indivíduos com e sem hipertrigliceridemia tratados com niacina. No segundo estudo (Fase 2), avaliaremos a hipótese do papel da trigliceridemia verificando a resposta de pacientes com hipoalfalipoproteinemia, com ou sem hipertrigliceridemia, ao tratamento com niacina em médio prazo. Analisaremos o efeito do tratamento sobre as mudanças funcionais e fenotípicas da HDL. | |