Resumo
Melanoma é a forma mais agressiva de câncer de pele, responsável pela maioria das mortes desse tipo de câncer, e sua incidência permanece crescente em todo mundo. Já se conhecem muitos fatores que contribuem para o seu desenvolvimento e o aumento da incidência de melanoma, contudo ainda existem questões a serem elucidadas sobre as mudanças que ocorrem como adaptação do melanócito ao meio ambiente ao longo da transformação. Embora o melanoma, quando diagnosticado precocemente, apresente alta taxa de cura, o melanoma metastático detém o pior prognóstico, sendo também considerado um dos tipos de câncer mais resistentes aos tratamentos. Falhas nas atuais abordagens de terapêuticas podem ser devido a compreensão limitada acerca da heterogeneidade, presente na população de células tumorigênicas, e da influencia do microambiente sob esta população. Seguindo este raciocínio, esforços são realizados para compreender o papel das células-tronco de câncer (CSC) em subpopulações do câncer e o envolvimento destas na promoção da doença metastática e recorrências e na aquisição de resistência às terapias. Baseado em um modelo de transformação maligna de melanócitos, o qual apresenta fases distintas da gênese do melanoma e está relacionado a condições de estresses sustentado, nosso laboratório encontrou evidências que indicam uma mudança transitória do fenótipo epitelial para mesenquimal, principalmente nas etapas intermediárias do processo de transformação maligna. Além disso, também observamos, nestas mesmas fases, o aumento na expressão de genes associados com aquisição de fenótipo de células-tronco e remodelamento de cromatina. Sendo assim, o objetivo deste projeto é investigar alvos associados com o estado stem cell-like e eventos da transição epitélio-mesênquima que parecem serem importantes para a transformação maligna de melanócitos. Em colaboração com o laboratório do Dr. Meenhard Herlyn, que detém um vasto conhecimento sobre reprogramação de melanócitos e melanoma, poderemos obter dados que nos auxiliarão a entender melhor a relação entre: subpopulações heterogênicas; microambiente celular; estabelecimento e progressão tumoral, observada em nosso modelo. Além do progresso científico, os alvos estudados poderão ser, no futuro, avaliados quanto ao seu potencial uso como alvos terapêuticos e/ou marcadores de prognóstico. (AU)
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