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Efeitos da capsaicina na etapa de iniciação da carcinogênese de cólon em ratos

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Autor(es):
Brunno Felipe Ramos Caetano
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Botucatu. 2017-03-20.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Medicina. Botucatu
Data de defesa:
Orientador: Luis Fernando Barbisan; Maria Aparecida Marchesan Rodrigues
Resumo

A capsaicina (8-Metil-N-vanilil-(trans)-6-nonamida) é um composto alcaloide lipofílico e o principal componente responsável pela pungência em pimentas vermelhas, consumidas mundialmente. Estudos sobre o potencial mutagênico e genotóxico da capsaicina apontam resultados inconsistentes e conflitantes. Neste estudo, avaliamos o potencial genotóxico e os mecanismos moleculares envolvidos nos efeitos anti-proliferativos e pró-apoptóticos da capsaicina na carcinogênese de cólon induzida pela 1,2-dimetilhidrazina (DMH) em ratos. Ratos Wistar machos foram randomicamente alocados em seis grupos (n=16). Durante as quatro primeiras semanas do experimento, os grupos 1 e 6 receberam doses intragástricas de óleo de milho (veículo da capsaicina), enquanto a capsaicina foi administrada nas doses de 5mg/kg aos grupos 2 e 4 e 50 mg/kg aos grupos 3 e 5, três vezes por semana. Durante a terceira e quarta semana, todos os animais receberam quatro injeções subcutâneas de DMH (grupos 1-3, 40mg/kg) ou EDTA (grupos 4-6, veículo do DMH), duas vezes por semana. Os animais foram sacrificados 24 horas (n=6) e 22 semanas (n=10) após o tratamento com DMH. Vinte e quatro horas após o tratamento com a DMH, a administração de capsaicina diminuiu significativamente a genotoxicidade induzida pela DMH em leucócitos do sangue periférico, bem como a genotoxicidade da água fecal em células CaCO-2. A capsaicina também reduziu o índice de proliferação de Ki-67 e aumentou a expressão de caspase-3 ativada no cólon dos animais tratados com DMH. A administração de capsaicina promoveu o aumento da expressão de genes associados as vias de resposta adaptativa a químicos, apoptose, desenvolvimento tecidual e diferenciação celular no cólon. Ao fim da vigésima segunda semana, a capsaicina reduziu o número de focos de criptas aberrantes (FCA) e aumentou o número de tumores pequenos, bem diferenciados e não-invasivos. Estes resultados sugerem que a capsaicina foi capaz de suprimir a proliferação celular e induzir a apoptose através da regulação das vias do NF-κB e do estress do retículo endoplasmático, assim como modular os genes envolvidos no desenvolvimento tecidual e diferenciação celular, reduzindo a formação de lesões pre-neoplásicas. (AU)

Processo FAPESP: 14/21951-6 - Efeitos da capsaicina na etapa de iniciação da carcinogênese química de colón em ratos
Beneficiário:Brunno Felipe Ramos Caetano
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado