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Enriquecimento da HDL em apolipoproteína A-IV favorece sua funcionalidade na doença renal diabética

Texto completo
Autor(es):
Monique de Fatima Mello Santana
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina (FM/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Marisa Passarelli; Maria Cristina de Oliveira Izar; Ubiratan Fabres Machado
Orientador: Marisa Passarelli
Resumo

A doença renal diabética (DRD) está associada a distúrbios lipídicos que pioram a função renal e aumentam o risco cardiovascular (CV). O manejo da dislipidemia, hipertensão e outros fatores de risco tradicionais não impede completamente as complicações CV, trazendo à tona a participação de fatores de risco não-tradicionais, como produtos de glicação avançada (AGE), de carbamoilação e alterações no proteoma e na funcionalidade da HDL. Avaliou-se, no presente estudo, a composição da HDL, seu proteoma, modificação química por glicação e carbamoilação e sua funcionalidade em indivíduos com DRD não-dialítica, categorizados de acordo com a taxa de filtração glomerular (TFG) e a taxa de excreção urinária de albumina (EUA) em controles não- diabéticos. Os indivíduos com DRD foram divididos em TFG > 60 mL / min / 1,73 m2 + A1 (< 30 mg/g de creatinina) e A2 (30 - 300 mg/g de creatinina) (n = 10) e TFG < 60 + A3 (> 300 mg/g de creatinina) (n = 25) e pareados por idade com indivíduos controles com TFG > 60; (n = 8). As HDL foram isoladas do plasma por ultracentrifugação e as dosagens bioquímicas de lípides realizadas por métodos enzimáticos; carboximetil- lisina (CML) e carbamoilação por ELISA. AGE total e pentosidina foram determinados por análise fluorimétrica. As HDL foram utilizadas para medir a remoção de 14C-colesterol de macrófagos; para inibição da oxidação de LDL, induzida por solução de sulfato de cobre e para modular a secreção de citocinas inflamatórias em macrófagos estimulados com lipopolissacarídeos. A HDL do grupo TFG < 60 + A3 apresentou maior concentração de AGE total, pentosidina e carbamoilação (1,2; 1,1 e 4,2 vezes, respectivamente) em comparação ao controle. O conteúdo de fosfolípides e apolipoproteína A-I da HDL foi menor neste grupo em comparação ao controle. A análise de proteômica direcionada quantificou 29 proteínas associadas à HDL em todos os grupos, embora apenas 2 tenham sido mais expressas no grupo TFG < 60 + A3 em comparação aos controles: apolipoproteína D (apoD) e apoA-IV. Em comparação aos controles, o efluxo de 14C-colesterol de macrófagos, mediado por HDL, foi reduzido em 33% no grupo TFG < 60 + A3, embora a HDL desse grupo tenha apresentado maior capacidade anti- inflamatória, refletida pela inibição (95 %) da secreção de IL-6 e TNF-alfa, em comparação ao grupo controle. O papel antioxidante do HDL, determinado pelo tempo de retardo na oxidação da LDL, foi semelhante entre os grupos. O enriquecimento em apoA-IV, que apresenta muitas ações antiaterogênicas, contribui para manutenção da funcionalidade da HDL, a despeito de sua modificação química por glicação avançada e carbamoilação e incremento em apoD que ocorre na DRD em função do aumento da EUA e redução da TFG (AU)

Processo FAPESP: 17/18545-4 - Proteômica e funcionalidade da HDL na doença renal crônica do diabete melito: associação com produtos de glicação avançada
Beneficiário:Monique de Fatima Mello Santana
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado