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Efeito da deficiência dietética de magnésio na resistência insulínica e no status inflamatório e oxidativo em ratos alimentados com dieta hiperlipídica

Texto completo
Autor(es):
Cristiane Hermes Sales
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Conjunto das Químicas (IQ e FCF) (CQ/DBDCQ)
Data de defesa:
Membros da banca:
Celia Colli; Nágila Raquel Teixeira Damasceno; Ana Maria Pita Lottenberg; Ligia Araujo Martini; Fernando Salvador Moreno
Orientador: Celia Colli
Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar, em ratos, os efeitos do consumo, em curto prazo, de dieta hiperlipídica e deficiente em magnésio (Mg) na adiposidade, no status de Mg, na sensibilidade à insulina, e no status inflamatório e oxidativo. Foi inicialmente realizado um ensaio piloto (n = 12), de 24 dias, que permitiu avaliar o padrão alimentar dos animais. A dieta hiperlipídica testada teve sua composição em micronutrientes aumentada proporcionalmente à redução esperada de consumo. A partir desses resultados, delineou-se o ensaio principal, de 32 dias, com os animais alimentados com rações controle (ad libitum [CT; n = 8] e pair-feeding [PF; n = 16]), e hiperlipídica (adequada [HF; n = 12] e deficiente em Mg [HFMg-; n = 12]). Foram avaliados a adiposidade, o perfil lipídico, o status de Mg, a resistência insulínica (glicemia e insulinemia de jejum, teste de tolerância à insulina - TTI, fosforilação do receptor de insulina [IR-β], do substrato 1 do IR [IRS-1] e da proteína quinase B [Akt]), e marcadores de inflamação e de estresse oxidativo. O consumo de dieta HFMg- e HF resultou em maior ganho de peso e adiposidade em relação ao PF. Da mesma forma os grupos HF e HFMg- apresentaram concentrações séricas de colesterol total, VLDL-c e de triacilgliceróis mais elevadas em relação ao grupo PF. Como esperado, os animais HFMg- apresentaram alterações no status de Mg, evidenciadas pela redução de suas concentrações no osso e na urina. Apesar de não terem sido observadas diferenças na glicemia e na insulinemia entre os grupos, a menor fosforilação das proteínas da via de sinalização de insulina comprovam que a deficiência de Mg agrava os efeitos da dieta hiperlipídica nesta via. Não foram observadas diferenças nos parâmetros de inflamação e de estresse oxidativo. No entanto, observou-se associação inversa do malondialdeído e do inibidor do ativador de plasminogênio-1 com o status de Mg. Os resultados do presente estudo reforçam a importância da análise de micronutrientes em dietas experimentais, a fim de se obter dados reprodutíveis. A utilização do grupo PF permitiu verificar que o consumo de dietas hiperlipídicas predispõem a maior adiposidade, resistência insulínica e dislipidemia, e que a deficiência de Mg pode piorar a resistência insulínica. (AU)

Processo FAPESP: 09/05624-7 - Efeito da deficiência dietética de magnésio na resistência insulínica e na resposta inflamatória em ratos alimentados com dieta hiperlipídica
Beneficiário:Cristiane Hermes Sales
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado