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As mudanças de paradigmas como mudanças de mundo em A Estrutura das Revoluções Científicas de Thomas Kuhn

Texto completo
Autor(es):
Ana Clarice Rodrigues Costa
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Silvio Seno Chibeni; Caetano Ernesto Plastino; Rogério Passos Severo
Orientador: Silvio Seno Chibeni
Resumo

O elemento filosófico central do clássico de Thomas Kuhn, The Structure of Scientific Revolutions (1962), é o conceito de paradigma. Não obstante, o termo 'paradigma' apresenta, nessa obra, um caráter marcadamente polissêmico, de onde surgiram diversas dúvidas e debates na literatura sobre qual, de fato, seria o significado (ou significados) pretendido(s) por Kuhn. Nas asserções finais do último parágrafo do capítulo IX do livro, Kuhn escreve que a questão dos paradigmas tinha sido até então articulada para se evidenciar seu papel constitutivo nas comunidades científicas e na ciência. Todavia, dali em diante, apresentaria um sentido em que os paradigmas seriam também constitutivos "da natureza". O estudo pormenorizado do capítulo X da Estrutura foi a via de acesso escolhida para a compreensão da "tese da constituição da natureza pelos paradigmas", anunciada nas sentenças finais do capítulo IX. Um duplo movimento teórico é contemplado por essa dissertação. Por um lado, empreende-se uma análise da própria viabilidade das formulações kuhnianas como argumentos para o fenômeno da mudança de visão de mundo nas comunidades científicas. E, por outro, o fenômeno da mudança de visão de mundo é utilizado como via de acesso para a tese da constituição da natureza pelos paradigmas. Como os leitores poderão constatar, nesta dissertação o fenômeno da mudança de visão de mundo e a tese da constituição da natureza pelos paradigmas estão atrelados um ao outro. Contudo, os resultados da presente pesquisa indicam que o estudo da "tese da constituição da natureza pelos paradigmas" pode e deve ser realizado de forma ao menos parcialmente independente do fenômeno da mudança de visão de mundo, e que tal análise deve passar por um escrutínio detalhado de três questões centrais para a compreensão dos textos de Kuhn: o que seria um mundo científico, tal qual formado pela natureza e pelos próprios paradigmas (AU)

Processo FAPESP: 19/22424-3 - A questão dos paradigmas em a Estrutura das Revoluções Científicas de Thomas Kuhn
Beneficiário:Ana Clarice Rodrigues Costa
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado