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Monitoramento e caracterização molecular de arbovírus em dípteros da Amazônia ocidental brasileira (estado de Rondônia e Amazonas).

Texto completo
Autor(es):
Cairo Monteiro de Oliveira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Ciências Biomédicas (ICB/SDI)
Data de defesa:
Membros da banca:
Edison Luiz Durigon; Erney Felicio Plessmann de Camargo; Wilson Barros Luiz; Enrique Mario Boccardo Pierulivo
Orientador: Edison Luiz Durigon
Resumo

Introdução: Arbovírus são vírus transmitidos por vetores artrópodes que predominam nas áreas tropicais do mundo. O território brasileiro é tomado por florestas tropicais e ecossistemas que permitem condições ideais à presença de Arbovírus. Inúmeros arbovírus já foram detectados e isolados no território brasileiro, tais como o vírus da Dengue, Zika vírus, Chikungunya e muitos outros que circulam na natureza por intermédio de hospedeiros reservatórios e vetores artrópodes, tais como dípteros, carrapatos, etc que frequentemente causam surtos de doenças em animais e humanos. Nesse contexto, os estados de Rondônia e Amazonas que detém parte de seus territórios coberto por floresta amazônica, apresentam ecossistema que favorece a existência de diferentes espécies de vetores artrópodes que junto às ações antropogênicas e as precárias condições de saneamento básico, permitem potencial transmissão e estabelecimento de arboviroses nestas regiões. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo monitorar a presença de Arbovírus de importância médica, tais como Flavivirus, Alphavirus e Bunyavírus em espécies de dípteros coletados nos estados de Rondônia e Amazonas, Brasil. Métodos: Neste estudo, foi padronizado três ensaios de RT-qPCR (Reverse Transcription Quantitative Polymerase Chain Reaction) com Sybr Green para detecção de Arbovírus (Flavivirus, Alphavirus e Bunyavirus). Além disso, espécies de dípteros foram capturados em diferentes regiões ao longo do estado de Rondônia e Amazonas, entre os anos de 2017, 2018 e 2019, e após um processo de maceração e extração de ácidos nucleicos, foram submetidos à pesquisa de Arbovírus utilizando os protocolos padronizados. Resultados: Os ensaios se mostraram eficazes para pesquisa de Arbovirus de interesse. Até o momento, dos 9.299 dípteros coletados, foram processados e analisados cerca de 6798 dípteros, dos quais: 69,46% (n=4714) pertencem à família Culicidae, 15,5% (n=1050) a Ceratopogonidae, 8,2% (n=555) a Psychodidae, 6,8% (462) a Tabanidae e 0,04% (n=3) a Simullidae, divididos em mais de 35 espécies distintas. Do total de dípteros analisados não foi detectado Flavivirus, Alphavirus ou Bunyavírus. Conclusão: Apesar da boa eficiência dos protocolos, não houve detecção de arbovírus nos pools de mosquitos analisados. Este trabalho fornece dados importantes à respeito da atual situação epidemiológica brasileira, principalmente nos possíveis focos de transmissão e disseminação desses vírus, sem que seja descartado a potencial circulação nas regiões estudadas. (AU)

Processo FAPESP: 18/18867-4 - Monitoramento e caracterização molecular de arbovírus isolados de dípteros da Amazônia Ocidental Brasileira (Estado de Rondônia)
Beneficiário:Cairo Monteiro de Oliveira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado