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Visão no ultravioleta em Carassius Auratus (Ostariophysi, Cypriniformes, Cyprinidae): estudo eletrofisiológico do sistema Cones-Células Horizontais\.

Texto completo
Autor(es):
Christina Joselevitch
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Psicologia (IP/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Dora Selma Fix Ventura; Ricardo Gattas; Luiz Carlos de Lima Silveira
Orientador: Dora Selma Fix Ventura
Área do conhecimento: Ciências Humanas - Psicologia
Indexada em: Banco de Dados Bibliográficos da USP-DEDALUS; Index Psi Teses - IP/USPPsi-Teses Logo
Localização: Universidade de São Paulo. Biblioteca do Instituto de Psicologia; BF241; J83v
Resumo

Nas últimas décadas uma série de experimentos realizados em vertebrados tem demonstrado a capacidade que alguns destes possuem de discriminar a luz ultravioleta, ao contrário do acreditado anteriormente. O peixe dourado (Carassius auratus), um bom modelo experimental para pesquisas sobre visão, apresentou em experimentos comportamentais altos níveis de discriminação de cor nas regiões espectrais do azul e do violeta, o que só seria possível com a existência de um receptor adicional para o ultravioleta (Neumeyer, 1985; Hawryshyn & Beauchamp, 1985; Neumeyer & Arnold, 1989; Neumeyer, 1992; Fratzer, Dörr & Neumeyer, 1994). Estes resultados foram confirmados pela determinação microespectrofotométrica (Bowmaker, Thorpe & Douglas, 1991) e eletrofisiológica (Palacios et al., 1998) da existência de cones com pigmentos específicos para luz ultravioleta, sem haver entretanto um estudo da codificação dessa entrada em neurônios de segunda ordem até o momento. Além disso, permanece ainda em discussão na literatura o papel das células horizontais retinianas no processamento cromático. O presente projeto teve por objetivo investigar qual a contribuição da entrada do receptor UV para os perfis de resposta eletrofisiológica das células horizontais e quais tipos celulares da retina externa do Carassius auratus são subjacentes à discriminação observada comportamentalmente. Para tanto, registros intracelulares de células horizontais e bipolares foram obtidos sob estimulaçãomonocromática de diferentes intensidades, ) diâmetros e comprimentos de onda, com o intuito de determinar suas respostas espectrais, bem como o campo receptivo e as possíveis interações entre estas e os cones. As células horizontais mono-, bi- e trifásica apenas hiperpolarizam na região do UV, não havendo oponência cromática entre as regiões do UV e do azul em nenhum destes tipos celulares; tampouco encontramos uma célula horizontal tetrafásica. Através de adaptações cromáticas, observamos serem as respostas eletrofisiológicas à luz das células horizontais mono- e bifásicas resultado de interações entre os sistemas de cones vermelho,verde e azul, não tendo sido identificada nenhuma entrada UV significativa nessas células. Por fim, encontramos uma célula bipolar oponente entre as regiões espectrais do UV e do azul, o que constitui uma base neural compatível com a discriminação comportamentalmente observada. Uma vez que canais oponentes são necessários para a discriminação de cor, e essa oponência não foi encontrada nas células horizontais, mais sim nas bipolares, acreditamos ser esse um indício de que as células horizontais não participam diretamente da codificação da informação UV na retina do Carassius auratus. Essa idéia está de acordo com dados recentes da literatura, que atribuem às células horizontais papel relacionado aos mecanismos de constância e contraste simultâneo de cor, deixando para as células bipolares a função de codificar cores para os neurôniossubseqüentes (Kamermans, Kraaij & Spekreijse, 1998) (AU)

Processo FAPESP: 96/12645-9 - Visão ultravioleta no Carassius auratus (Ostaryophisi, Cypriniformes, Cyprinidae): estudo eletrofisiológico do sistema cones-células horizontais
Beneficiário:Christina Joselevitch
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado