Extração alcoólica de gordura e biocompostos de cascas de amêndoas de cacau

Resumo

A casca e/ou testa da amêndoa de cacau é considerada um subproduto da indústria cacaueira, tratada comumente como resíduo. Trabalhos vêm sendo desenvolvidos a fim de valorizar este material, o qual é nutricionalmente interessante devido à presença de biocompostos e também devido ao seu teor de lipídeos os quais devem ser obtidos por extração com solvente. Álcoois de cadeia curta, como etanol e isopropanol, são alternativas para substituição da hexana, tradicionalmente empregada na extração de óleos vegetais de matrizes oleaginosas, pois apresentam algumas vantagens dentre as quais se destacam a segurança tecnológica, econômica e ambiental e a maior capacidade de extração de compostos minoritários benéficos. As variáveis do processo de extração, como temperatura e tipo de solvente podem influenciar diretamente na qualidade da fração lipídica e, também, nas características do sólido desengordurado obtido. Deste modo, o presente projeto de iniciação científica tem como objetivo avaliar a influência das diferentes condições de extração, tipo e grau de hidratação dos solventes e temperatura, na extração de gordura, compostos fenólicos e proantocianidinas presentes nas cascas de amêndoas de cacau utilizando etanol e/ou isopropanol como solventes. É importante enfatizar que este projeto de iniciação científica será desenvolvido em conjunto com o projeto de tese de doutorado intitulado "Utilização do Resíduo do Processamento de Cacau por meio do Reaproveitamento da Casca da Amêndoa para Extração de Gordura Utilizando Solventes Alcoólicos" (processo FAPESP nº 2015/03579-5), em desenvolvimento pela pós-graduanda Dayane C. Gomes Okiyama, orientada pela Profa. Dra. Christianne Elisabete da Costa Rodrigues, orientadora deste projeto de iniciação científica.