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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Autocorrelação do crescimento linear e ganho de peso do nascimento à infância no Estudo MINA-Brasil

Texto completo
Autor(es):
Bárbara Hatzlhoffer Lourenço [1] ; Caroline Zani Rodrigues [2] ; Ana Alice de Araújo Damasceno [3] ; Marly Augusto Cardoso [4] ; Marcia C. Castro [5]
Número total de Autores: 5
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Nutrição - Brasil
[2] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública - Brasil
[3] Universidade Federal do Acre - Brasil
[4] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Nutrição - Brasil
[5] Harvard TH Chan School of Public Health. Department of Global Health and Population
Número total de Afiliações: 5
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista de Saúde Pública; v. 57, 2024-02-26.
Resumo

RESUMO OBJETIVO: Investigar a autocorrelação do crescimento linear e ganho de peso do nascimento até a infância considerando a distribuição de escores z de comprimento/estatura e peso por idade e de acordo com a riqueza domiciliar. MÉTODOS: Foram utilizados dados de 614 crianças do Estudo MINA-Brasil com medições antropométricas realizadas do nascimento até os cinco anos de idade. Escores z foram calculados para comprimento/estatura (HAZ) e peso (WAZ) seguindo padrões internacionais. A autocorrelação ou estabilidade da adequação do estado nutricional do nascimento à infância foi estimada por meio de modelos de regressão quantílica para HAZ e WAZ, separadamente, extraindo-se coeficientes e intervalos de confiança de 95% (IC95%) nos quantis 25, 50 e 75. Em uma análise de subgrupo, estimou-se a autocorrelação entre o nascimento até os dois anos de idade, e entre dois e cinco anos de idade. Para investigar disparidades na autocorrelação, termos de interação entre índices de riqueza familiar (ao nascer e aos cinco anos de idade) e escores z de tamanho do recém-nascido foram incluídos nos modelos. RESULTADOS: Os coeficientes de autocorrelação foram significantes e tiveram magnitude semelhante ao longo da distribuição dos índices antropométricos aos cinco anos de idade (HAZ, quantil 50: 0,23, IC95%: 0,11 a 0,35; WAZ, quantil 50: 0,31, IC95%: 0,19 a 0,43). Maior estabilidade do estado nutricional foi observada entre dois e cinco anos, com coeficientes acima de 0,82. Autocorrelação significantemente maior do crescimento linear foi observada entre as crianças de domicílios mais ricos, tanto ao nascer, nos limites inferiores da distribuição HAZ (quantil 25: 0,30, IC95%: 0,13 a 0,56) e durante a infância, em toda a distribuição HAZ aos cinco anos. Para o ganho de peso, observou-se uma autocorrelação mais forte nos limites superiores da distribuição do WAZ aos cinco anos de idade entre as crianças de domicílios mais ricos ao nascer (quantil 75: 0,59, IC95%: 0,35 a 0,83) e durante a infância (quantil 75: 0,54, IC95%: 0,15 a 0,93). CONCLUSÃO: Houve autocorrelação significante de HAZ e WAZ desde o nascimento, com indicação de substancial estabilidade do estado nutricional entre os dois e cinco anos de idade. A autocorrelação diferencial de acordo com a riqueza domiciliar deve ser considerada para o planejamento de intervenções precoces para prevenir a má nutrição. (AU)

Processo FAPESP: 22/13550-8 - Carga intergeracional de má nutrição na Amazônia ocidental brasileira: trajetórias até a fase pré-escolar e novas abordagens para mensuração
Beneficiário:Caroline Zani Rodrigues
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
Processo FAPESP: 16/00270-6 - Estudo MINA - Materno-Infantil no Acre: coorte de nascimentos da Amazônia Ocidental Brasileira
Beneficiário:Marly Augusto Cardoso
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Temático