Biomassas microbianas na alimentação de tilápias - BV FAPESP
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Biomassas microbianas na alimentação de tilápias

Texto completo
Autor(es):
Thiago Luís Magnani Grassi
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Araçatuba. 2018-08-31.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Medicina Veterinária. Araçatuba
Data de defesa:
Orientador: Elisa Helena Giglio Ponsano; Giovani Sampaio Gonçalves; Ricardo Borghesi
Resumo

Biomassas microbianas produzidas a partir de resíduos e coprodutos industriais podem ser utilizadas como fonte de proteínas e de antioxidantes em dietas de peixes, reduzindo os custos para a indústria com tratamento e descarte e auxiliando na preservação do meio ambiente. O objetivo deste experimento foi avaliar o desempenho produtivo e o status oxidativo de tilápias alimentadas com diferentes biomassas microbianas e a qualidade de sua carne. Juvenis de tilápia-do-Nilo (26,84 ± 1,03 g) foram alimentadas com as dietas experimentais durante 76 dias. Os tratamentos incluíram uma dieta controle negativo (sem biomassa microbiana), uma dieta controle com 0,01% de vitamina E (VE) e as demais contendo três tipos de biomassa microbiana em duas concentrações (0,25 e 0,5%): Rubrivivax gelatinosus (RG25 e RG50), Saccharomyces cerevisiae (SC25 e SC50) e Spirulina platensis (SP25 e SP50). Foram avaliados o desempenho e o status oxidativo dos peixes e os parâmetros físicos, químicos e bromatológicos da qualidade da carne. A inclusão de biomassa microbiana nas dietas reduziu o status oxidante total do plasma, o malonaldeído e a atividade respiratória dos leucócitos, e aumentou o status antioxidante total, sem interferir nos parâmetros bioquímicos. Todos os tratamentos apresentaram resultado similar para os parâmetros de desempenho, exceto pela conversão alimentar aparente do RG50 que foi menor que do grupo controle negativo. No filé, o uso de biomassa microbiana diminuiu as substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico, incrementou a intensidade de vermelho (exceto por SC) e a deposição de carotenoides (exceto por SC25), aumentou a concentração de proteínas e melhorou a relação n-6/n-3, sem interferir na textura. Os tratamentos RG25, SC25 e SP50 aumentaram a concentração do ácido eicosapentaenoico dos filés e o RG50 apresentou efeito positivo sobre desempenho dos animais. Com isso, pôde-se concluir que o uso de biomassa microbiana provocou um efeito antioxidante no plasma e melhorou a conversão alimentar dos animais, reduziu a oxidação lipídica e aumentou o teor de proteínas, a intensidade de vermelho e a concentração de carotenoides dos filés, sem influenciar negativamente na saúde dos animais. (AU)

Processo FAPESP: 15/21216-7 - Biomassa microbiana para a alimentação de tilápias
Beneficiário:Thiago Luís Magnani Grassi
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado