Perfil genômico da resposta imune ao HIV-1 e implicações para a vacina terapêutica com células dendríticas contra o HIV-1

Resumo

Estudos promissores vêm sendo realizados nos últimos anos em todo o mundo, direcionados à epidemia da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), incluindo uma nova linha de tratamento contra o HIV-1 utilizando células dendríticas (DC) autólogas. Em dezembro de 2004 foram publicados os resultados provenientes de 18 pacientes brasileiros infectados pelo HIV, que não faziam uso de terapia antirretroviral e que foram vacinados com DC autólogas primadas com HIV autólogo inativado (fase I). Atualmente, o Laboratório de Investigação Médica/LIM-56 da Faculdade de Medicina da USP está desenvolvendo a segunda fase do ensaio clinico desta vacina e está incluindo novos pacientes com o objetivo de tentar responder algumas entre as muitas questões em aberto sobre a utilização da vacina. Em particular, uma de especial interesse é compreender o porquê de alguns pacientes responderem melhor que outros ao tratamento, e quais fatores poderiam influenciar o resultado da terapia. Assim o objetivo desse projeto é avaliar o perfil imunogenético dos pacientes infectados pelo HIV vacinados com DC autólogas primadas com HIV autólogo, em especial os relacionados a inflamação e imunidade inata, e correlacioná-los com a resposta ao tratamento. De forma, pretende-se determinar os fatores que podem ser relacionados tanto com a preparação in vitro das DC usadas como produto vacinal, quanto o tipo de resposta dos pacientes HIV+ após a vacina. Características do background genético (DNA) dos pacientes incluídos na imunoterapia, assim como a expressão gênica (mRNA) dos monócitos e DC dos mesmos pacientes (diferenciação de monócitos em DC) e dos leucócitos circulantes antes e depois do imunotratamento, serão avaliadas por meio de tecnologia "medium" e "high troughput" a fim de identificar possíveis marcadores genéticos de resposta à vacina. (AU)