Digestibilidade in vitro dinâmica de nanopartículas lipídicas sólidas encapsulando beta-caroteno

Resumo

O uso de formulações lipídicas para encapsulação têm sido investigadas para aumentar a biodisponibilidade de bioativos, pois materiais lipídicos podem aumentar a solubilidade na membrana intestinal. Diferentes tipos de partículas podem ser descritos para a produção de sistemas de encapsulação lipídicos, dentre elas as partículas lipídicas sólidas, que combinam as vantagens de outros sistemas carreadores, para oferecer estabilidade física, proteção a ativos sensíveis contra a degradação, liberação controlada e excelente tolerabilidade. Tais sistemas podem ser produzidos por métodos que envolvem baixa quantidade de energia. Estes métodos são interessantes para o escalonamento, já que são, teoricamente, relativamente simples e tem um baixo consumo energético. Estes métodos aproveitam as propriedades físico-químicas do sistema para promover a formação espontânea (self-emulsification) de emulsões com composições do sistema ou condições específicas. Os métodos mais utilizados são o chamado ponto de inversão da emulsão e temperatura de inversão de fase. Caso deseje-se veicular tais sistemas em matrizes alimentícias, o estudo de seu comportamento durante a passagem pelo trato gastrointestinal torna-se interessante e os modelos in vitro dinâmicos têm sido desenvolvidos para simular mais efetivamente os atributos que ocorrem in vivo. Propõe-se neste estudo a investigação da digestibilidade in vitro dinâmica de nanopartículas lipídicas sólidas produzidas com manteiga de cupuaçu e manteiga de murumuru encapsulando beta-caroteno. Pretende-se que a aluna de doutorado faça seus experimentos no equipamento montado no Departamento de Engenharia Biológica da Universidade do Minho, em Portugal. (AU)