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Interação entre hemostasia e imunidade inata (Imunotrombose): caracterização e exploração fisiopatológica, diagnóstica e terapêutica em doenças infecciosas e inflamatórias

Processo: 22/13216-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Temático
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2024
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2029
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Erich Vinicius de Paula
Beneficiário:Erich Vinicius de Paula
Instituição Sede: Centro de Hematologia e Hemoterapia (HEMOCENTRO). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Pesquisadores principais:
Fernanda Loureiro de Andrade Orsi
Pesquisadores associados:Antonio Roberto Lucena de Araújo ; Beatriz de Moraes Martinelli ; Bruna de Moraes Mazetto Fonseca ; Bruno Deltreggia Benites ; Eduardo Magalhães Rego ; Fabio Trindade Maranhão Costa ; Fabíola Taufic Monica Iglesias ; Fabíola Traina ; Jason Knight ; Jéssica Rafaela dos Santos Alves ; Joyce Maria Annichino-Bizzacchi ; Letícia Queiroz da Silva Justo ; Marina Pereira Colella ; Murilo Vieira Geraldo ; Nigel Key ; Paula Ribeiro Villaça ; Rodrigo Nogueira Angerami ; Sara Teresinha Olalla Saad ; Thiago Martins Santos ; Tiago Dias Martins
Assunto(s):Hematologia  Hemostasia  Imunotrombose  Inflamação  Sepse  Síndrome antifosfolipídica  Trombose  Doenças transmissíveis 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:hemostasia | Imunotrombose | Inflamação | sepse | Síndrome do Anticorpo antifosfolípide | Trombose | Hematologia

Resumo

Hemostasia e imunidade inata são processos intimamente ligados que contribuem para a contenção da progressão de agentes infecciosos, constituindo assim um mecanismo efetor de defesa do hospedeiro, o qual convencionou-se chamar de "imunotrombose". Entretanto, a ativação desregulada e excessiva desse processo causa lesão tecidual secundária, e trombose micro e macrovascular. Apesar de inicialmente descrita em doenças infecciosas, a interação entre hemostasia e imunidade inata também é vista na resposta do hospedeiro a processos inflamatórios estéreis. Os mecanismos de ativação da hemostasia na imunotrombose são distintos da hemostasia clássica, e baseiam-se em um círculo vicioso de ativação de células imunes inatas, citocinas pró-inflamatórias, sistema complemento, plaquetas, liberação de redes extracelulares de neutrófilos (NETs) e vesículas extracelulares (VEs) e ativação do FT e da via intrínseca da coagulação. Embora os mecanismos fundamentais desencadeados pela ativação conjunta da inflamação e hemostasia possam ser semelhantes, é possível que a fisiopatologia do dano tecidual tenha particularidades conforme o agente infeccioso ou o estímulo inflamatório. Sendo assim, a identificação desses mecanismos em diversas doenças inflamatórias e infeciosas, atuais e emergentes tem o potencial de direcionar estratégias diagnósticas e medidas terapêuticas para estas condições. Nesse contexto, o objetivo deste projeto é investigar a participação de vias que atuam na interface entre hemostasia e imunidade inata na fisiopatologia de doenças infecciosas e inflamatórias caracterizadas por alterações da hemostasia. A proposta pode ser subdividida em duas frentes. Na primeira, usaremos três doenças-modelo (doença falciforme, sepse e síndrome antifosfolípide) em que a hipercoagulabilidade é reconhecidamente um elemento fasiopatológico relevante, para explorar o a participação, a relevância prognóstica e os mecanismos de ativação de vias imunotrombóticas emergentes relacionadas a ativação plaquetária, ativação endotelial e ativação da coagulação. Em uma segunda frente paralela, exploraremos três condições clínicas que também podem cursar com ativação desregulada da hemostasia, mas que apresentam como peculiaridade, a presença de citopenias envolvendo neutrófilos e plaquetas: neutropenia febril (NF) associada à sepse, leucemia promielocítica aguda (LPA) e plaquetopenia imune (PTI). O interesse nestas condições deriva do fato de que neutrófilos e plaquetas são células centrais na imunotrombose, tornando interessante o estudo dos mecanismos de ativação da hemostasia em contextos em que há redução dramática destas células. Com o desenvolvimento dos subprojetos que fazem parte destas frentes esperamos ampliar o conhecimentos da relevância clínica da imunotrombose nas condições infecciosas e inflamatórias que serão usadas como modelo, descrever novas vias responsáveis pela hipercoagulabilidade nestas condições, identificar biomarcadores capazes de refinar o diagnóstico e prognóstico dessas doenças, identificar potenciais alvos terapêuticos, e lançar as bases para estudos de intervenção voltados para a modulação da hipercoagulabilidade em doenças inflamatórias. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
JACINTHO-ROBISON, BRUNA CARDOSO; OLIVEIRA, JOSE DIOGO; CESPED, LUCAS MATHEUS BISPO; DE SOUZA, CRISTIANE MARIA; BARION, BARBARA GOMES; VAZ, CAMILA DE OLIVEIRA; MAZETTO, BRUNA DE MORAES; ORSI, FERNANDA ANDRADE. Association between extracellular vesicles (EVs) and thrombosis in antiphospholipid syndrome. Lupus, v. 34, n. 5, p. 11-pg., . (22/13216-0, 20/13956-9, 23/07899-0, 20/12630-2)