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Avaliação de métodos alternativos in vitro à utilização de animais para os ensaios in vivo no estudo de venenos de serpentes: princípio dos 3R's

Processo: 21/11707-4
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2022
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2024
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia Geral
Pesquisador responsável:Anita Mitico Tanaka-Azevedo
Beneficiário:Anita Mitico Tanaka-Azevedo
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Benedito Carlos Prezoto ; Juan Calvete ; Karen de Morais Zani ; Kathleen Fernandes Grego
Auxílio(s) vinculado(s):23/14327-3 - 3r's e venômica: avaliação de um método in vitro alternativo ao uso de animais no estudo dos venenos de serpentes, AP.R SPRINT
Assunto(s):Toxicologia  Doenças negligenciadas  Mordeduras de serpentes  Envenenamento  Venenos de serpentes  Antivenenos  Métodos alternativos 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:antivenenos | envenenamento | Métodos Alternativos | testes in vitro | testes in vivo | venenos de serpentes brasileiras | Toxinologia

Resumo

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o envenenamento por serpentes é classificado como uma doença negligenciada que afeta, principalmente, populações em situação de vulnerabilidade em países tropicais e subtropicais. Embora as principais funções dos venenos das serpentes sejam imobilizar, paralisar e matar a presa, de modo a poder ingeri-la de maneira segura, em virtude da complexa composição dos venenos, existem vários efeitos patológicos associados. A maioria dos venenos de serpentes induzem um dano ao tecido local da picada, com presença de mionecrose, alteração da integridade dos vasos sanguíneos, formação de bolhas, necrose cutânea e também a inflamação. Além disso, o envenenamento por serpentes também causa outros efeitos sistêmicos nas suas vítimas, como: paralisia, que pode envolver o bloqueio de músculos respiratórios, hemorragia sistêmica, lesão renal aguda e também afetam a hemostasia de diversas maneiras. Os sintomas no envenenamento variam de acordo com composição proteica do veneno das diferentes serpentes. Tais variações têm impacto direto na eficácia dos tratamentos de acidentes ofídicos, resultando na necessidade da produção de diferentes antivenenos contra os venenos de espécies distintas. Desta forma, o estudo dessas variações e o controle de qualidade desses venenos tem sido objeto de intensa investigação. Para esse fim, várias atividades biológicas dos venenos são estudadas utilizando tanto métodos in vivo como in vitro. No entanto, é reconhecido que os atuais ensaios in vivo demandam um grande número de animais. Além disso, muitas vezes, não apresentam correlação com o envenenamento em humanos. Há um esforço da comunidade científica para seguir o conceito dos 3 R's (Reduzir, Refinar e Substituir) em relação aos ensaios com animais, buscando o desenvolvimento de métodos alternativos para estudos e controle de qualidade dos venenos e antivenenos. Vários métodos alternativos in vitro já foram previamente validados e aprovados para testar os efeitos de diferentes drogas, cosméticos e produtos químicos em geral e, no estudo de veneno de serpentes, diversos autores já testaram alternativas e já encontraram correlações entre alguns ensaios in vivo com os in vitro. Com isso, o presente trabalho pretende buscar métodos alternativos aos testes in vivo para avaliar os efeitos dos venenos de pools de serpentes utilizadas na produção dos antivenenos do Instituto Butantan, assim como de venenos não utilizados nos pools, como de Bothrops leucurus, Bothrops erythromelas e Bothrops atrox, principais responsáveis pelos acidentes ofídicos no Nordeste e Norte do Brasil. (AU)

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