Papel do domínio citoplasmático da enzima conversora de angiotensina-1 como efetor da macanotransdução no sistema cardiovascular

Resumo

Em teoria, todos os organismos, desde uma bactéria até os seres humanos, são sensíveis a alterações mecânicas. No sistema cardiovascular, modificações de pressão e shear stress devido ao fluxo sanguíneo influenciam a morfologia a patofisiologia dos vasos sanguíneos e coração. Recentemente foi descoberto que a porção citoplasmática da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) pode ser fosforilada e desencadear vias de sinalização intracelular quando administrado um inibidor da ECA. Imagina-se, então, que alguns benefícios observados com a utilização dos inibidores da ECA podem estar ocorrendo não somente pela ocupação do sítio catalítico da ECA, mas também pela atividade da sinalização intracelular. Esta nova propriedade da ECA de ter a sua porção citoplasmática fosforilada faz com que possa ser inferida a ela a função de mecanosensor. Assim, esse projeto tem como objetivo estudar a hipótese de que a ECA seja uma proteína capaz de perceber estímulos físicos como shear stress e estiramento e ativar a transdução de sinal via fosforilação do domínio citoplasmático nos diferentes tipos celulares que compõem o sistema cardiovascular. Serão realizadas mutações sítio dirigidas nos resíduos de serina potenciais de fosforilação, e ainda, mutantes contendo somente o domínio extracelular ou somente o domínio citoplasmático. Esta abordagem permitirá a investigação da ECA como mecanosensor de estímulos físicos, tendo como efetor a fosforilação do domínio citoplasmático. (AU)