Nascido em Trieste, Itália, Ricardo Renzo Brentani (1937-2011) foi um médico e cientista reconhecido por seus estudos acadêmicos pioneiros em bioquímica e biologia celular, e por sua liderança à frente de grupos de grupos e instituições da área científica e médica.
Brentani chegou ao Brasil com a família em 1938 e ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) em 1957, na qual obteve o doutorado (1966) e foi professor de 1980 a 2007.
Seu primeiro artigo científico foi publicado em 1960, quando ele estava no quarto ano faculdade, na revista Nature, que publicou mais três artigos dele, em 1964, 1967 e 1997.
De 1984 a 2005, ele dirigiu a unidade brasileira do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer e, a partir de 1990, também o Hospital do Câncer, transformando-os em centros de excelência em pesquisa e atendimento em oncologia no país.
De 1990 a 2000, Brentani liderou as pesquisas do Projeto Genoma do Câncer, apoiadas pela FAPESP, antes de assumir o cargo de diretor-presidente da Fundação, que ocupou até morrer repentinamente, em novembro de 2011.
Brentani recebeu, entre outros, o Prêmio Costa Júnior da Academia Nacional de Medicina e o Prêmio Governador do Estado de São Paulo em 1982; o Prêmio Múcio Athayde de Combate ao Câncer da Academia Nacional de Medicina em 1983; o Prêmio Ciência e Cultura da Fundação Conrado Wessel em 2007, e o Prêmio Octavio Frias de Oliveira na categoria Personalidade de Destaque em 2011, promovido pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) em parceria com o Grupo Folha.
Leia também:
Legado para o futuro, Agência FAPESP, 29 de novembro de 2012.
Pioneirismo em oncologia, Agência FAPESP, 08 de agosto de 2011.
Vastos interesses, revista Pesquisa FAPESP, janeiro 2006
Pioneirismo incessante, revista Pesquisa FAPESP, dezembro 2011
Para uma história da ciência em São Paulo, revista Pesquisa FAPESP, dezembro 2011